quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

“O Abraço” de Vitória Sztejnman,





 O Centro Cultural Correios apresenta, até o dia 10 de janeiro de 2021, a exposição “O Abraço”, de Vitória Sztejnman. A mostra, que foi apresentada no Palazzo Zenobio, durante a 58ª Bienal de Arte de Veneza, no ano passado, chega ao Brasil com 28 obras inéditas no país, dentre esculturas, instalação e fotografias. Com diversas mostras no exterior no currículo, esta é a primeira exposição individual da artista carioca no Rio de Janeiro. Pensada antes da pandemia, a mostra ganha um novo significado no atual momento de distanciamento social. 

Duas grandes esculturas infláveis, uma preta e uma branca, com dois metros de altura cada, convidam o espectador para um abraço. Seguindo todos os protocolos de segurança sanitária, o público poderá  interagir com as obras, que são constantemente higienizadas. “As esculturas se misturam em um grande abraço. Preto e branco, yin e  yang, dois paralelos que coexistem próximos um do outro, mas nunca se cruzam.

A instalação, à primeira vista, convida você, como que por mágica, a mergulhar nesse abraço. Você se sente criança pequena no meio desses grandes gigantes bons. A artista nos faz sentir embrulhados (fisicamente e emocionalmente) neste grande abraço de generosidade, ternura, segurança e proteção do mundo exterior”, afirma Natalia Gryniuk, presidente do MUSA Internacional Art Space, na Itália.

A exposição, que ocupa a sala A do segundo andar do Centro Cultural Correios, apresenta, ainda, outras 26 obras inéditas, sendo sete esculturas – cinco em cerâmica e duas em bronze – e 19 painéis – um com um poema escrito pela artista sobre o abraço e os demais com imagens de esculturas da artista. Os  painéis foram criados inspirados na frase de Pablo Picasso (Espanha,1881 - França, 1973) para o fotógrafo George Brassai (Romênia, 1899 - França, 1984): “É nas suas fotografias que eu consigo ‘ver’ as minhas esculturas”. “Esse depoimento interligou o olhar entre as minhas obras escultóricas na imagem da fotografia”, explica Vitória Sztejnman.

As esculturas representam máscaras. São obras tridimensionais, em formato abaulado, que lembram o movimento de um abraço. As formas e texturas ficam evidentes na obra, tanto nas de cerâmica quanto nas de bronze. “O tema máscara sempre me inspirou, a máscara que, ao mesmo tempo, vela e revela. A riqueza que está por trás da própria máscara aceita toda a alteridade possível que se abre e nos encontra como num abraço. Ela não coloca distância, permitindo que o observador circule em volta dela e convidando-o para entrar nesse universo”, diz a artista.







Exposição O Abraço, de Vitória Sztejnman

Período : até 10 de janeiro de 2021

Centro Cultural Correios

Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro – Rio de Janeiro


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