Vai ser inaugurada hoje 26 de abril a exposição “No Deserto, o oásis somos
nós”, na Luciana Caravello Arte Contemporânea,em Ipanema, que
comemora cinco anos de existência no mês de abril. A história da exposição começou quando, durante
um engarrafamento no trânsito do Rio de Janeiro, o artista curitibano Alexandre
Mazza teve uma visão que lhe revelou uma figura misteriosa semelhante a um
grande pássaro, anjo ou entidade hibrida e feminina flutuando sobre o chão
espelhado de um deserto. Ainda emocionado com a beleza que acabara de ver,
ligou para o curador Bernardo Mosqueira, com a certeza de que deveria
reproduzir aquela cena, mas ainda sem saber como fazê-lo. Poucos dias depois, o
filho mais velho do artista lhe contou que o lugar existia - e era o Salar de Uyuni,
a maior planície de sal do mundo, na Bolívia. Na mostra estão 21 trabalhos entre vídeos, objetos, fotografias e
uma instalação. Entre eles, há um vídeo de 11 minutos, com trilha sonora de
Jonas Rocha e Ulisses Capeletti além de figurino de Sol Azulay, que também fez
parte da equipe de viagem. A exposição parte das
experiências da viagem para investigar a relação do humano com os sinais
oferecidos pelo mundo para nos aproximar dos nossos desejos e nos afastar dos
medos durante a vida. Entre os trabalhos, há imagens fortes, como a de um crânio
que tem o Cruzeiro do Sul furado no topo na cabeça ou a bússola buscando a
orientação enquanto boia em um riacho sobre uma rolha de cortiça. “A bússola, a
constelação, a pipa ao vento e os objetos mágicos e sagrados são todos ícones
de orientação”, diz Mazza. “Essa entidade, meio pássaro, meio mulher, que
parece a materialização do desejo e ao mesmo tempo de seu próprio objeto se
movimenta eternamente por um cenário lindo, mas muito árduo e completamente
solitário.
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