quarta-feira, 22 de março de 2017
EXPOSIÇÃO DAQUI PRA FRENTE REVELA A ARTE CONTEMPORÂNEA DE ANGOLA
A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta, de 22 de março a 14 de maio de 2017, a exposição Daqui pra frente – Arte contemporânea em Angola, que exibe obras da produção recente de três artistas da novíssima geração do país: Délio Jasse, Mónica de Miranda e Yonamine. Com a curadoria de Michelle Sales, a mostra exibe uma série de fotografias, vídeos e instalações, fazendo um mapeamento da fronteira estética entre a Angola de hoje e as imagens submersas e muitas vezes escondidas de um passado colonial recente.
“A representação da fronteira, excessivamente recorrente no pensamento atual, discute as trocas culturais que ocorrem na situação de pós-independência que muitas das ex-colônias vivem hoje. “Na maioria das vezes, tais territórios são encarados como esquecidos, vigiados e vazios”, comenta a curadora Michelle Sales.
É justamente essa perspectiva que o trabalho dos artistas busca problematizar e questionar sob diferentes óticas. As obras de Délio Jasse, por exemplo, consistem, num embate direto de referências que fazem alusão à crise de todo o modelo colonial e seus desdobramentos contemporâneos: guerra, exílio, perdas. Através do retrato de rostos escavados numa antiga feira de antiguidades de Lisboa, Délio nos coloca frente a frente com aquilo que mais as práticas coloniais se ocuparam de apagar: as identidades.
Já Monica de Miranda mostra os pedaços de uma memória coletiva que resiste no tempo. Angolana da diáspora, seu trabalho atravessa diversas fronteiras e esboça uma paisagem de identidades plurais inspiradas pela própria existência e vivência de uma artista itinerante. Sua poética autoral e autorreferencial, inerente a uma geração que cresceu longe de casa, já lhe rendeu diversos prêmios internacionais.
E o trabalho de Yonamine remete à arte urbana, usando referências que vêm do grafite, da serigrafia e da pintura, num embate violento com o acúmulo cultural do caótico cenário político-econômico de Angola. A alusão ao tempo presente é recorrente na utilização de jornais como suporte. São muitas camadas históricas que se somam, produzindo imagens profundamente perturbadoras e desestabilizadoras. O artista fala de um país cujo passado foi sistematicamente apagado, seja pela Guerra Civil, pela ocupação russa, cubana e agora chinesa e coreana.
Exposição
Daqui pra frente – Arte contemporânea em Angola
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Galeria 3
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25 – Centro
Visitação: de 22 de março a 14 de maio de 2017
Horários: de terça-feira a domingo, das 10h às 21h
O verdadeiro culpado
O verdadeiro culpado
Nas antigas crônicas policiais, havia o costume de se atribuir ao mordomo a culpa por assassinatos misteriosos. Assim, com a habilidade que lhe era inerente, a famosa escritora inglesa Agatha Christie criou memoráveis contos, alguns reproduzidos em cinema. No Brasil, ocorreu uma situação parecida com a febre amarela. Erradicada no país desde o princípio do século passado, reapareceu na zona rural de Minas Gerais em macacos contaminados. Eis o culpado: precisou que autoridades sanitárias viessem a público, para dizer que o criminoso continua sendo o Aedes Aegypti. Salvam-se os simpáticos primatas, da brecha de transmissores da mortífera doença.
quarta-feira, 15 de março de 2017
Luiz Ernesto abre a individual “Antes de sair”
Luiz Ernesto abre a individual “Antes de sair” no Paço Imperial
Vai ser inaugurada no dia 16 de março a exposição “Antes de sair”, de Luiz Ernesto. O artista apresenta uma instalação inédita que une imagem e texto, lidando com os sentidos possíveis dessa relação, na medida em que no cotidiano estamos impregnados de imagens e textos descartáveis e ligeiros. Para Luiz Ernesto este é um campo fecundo, que amplia a gama desses significados.
Em 2007 ao esvaziar o apartamento de sua avó para vendê-lo o artista deparou-se com uma enorme quantidade de objetos, móveis e ambientes repletos de memórias e histórias. Em meio a um processo longo e dolorido, fez registros fotográficos dos cômodos e dos objetos que estavam sendo retirados de uma casa que havia sido marcante em sua infância. O que no início era um registro para recordação deu origem a um novo trabalho de arte.
Desde o ano 2000, Luiz Ernesto desenvolve pesquisas que discutem a relação entre imagens e palavras: “Palavras e imagens juntos tornam-se fecundos e têm sua gama de significados ampliada. Neste trabalho, memória e história são minhas principais matérias primas, objetos banais do cotidiano, móveis e ambientes nos quais o tempo imprimiu suas marcas. O que me interessa é explorar seus significados afetivos: as lembranças, as ocasiões, os lugares e as pessoas que aqueles suscitam. Ao longo do processo, fotos e textos tomaram seus próprios rumos libertando-se da obrigação de registrar fielmente a história vivida para gerar uma obra de ficção”, declara o artista.
A instalação “Antes de Sair” reúne cerca de 50 fotografias divididas em dez grupos acompanhados de pequenos textos. O trabalho ocupa a sala “Academia dos Seletos” do Paço Imperial de 16 de março a 21 de maio de 2017.
Exposição: Luiz Ernesto | Antes de sair
Abertura: quinta-feira, 16 de março, às 18h30
Período: 16 de março 21 de maio de 2017
De terça a domingo, das 12 às 18h
Praça XV de Novembro, 48
Centro - Rio de Janeiro
Vida noturna: Rio e São Paulo
Indiscutivelmente, nos tempos atuais essas duas cidades são pródigas em divertimentos noturnos, principalmente, tanto em cinemas, quanto teatros.
Pode-se dizer que, dados os seus numerosos locais de exibição, primorosos pelo luxo das salas em centros de variados atrativos: como área de gastronomia, vestuário, perfumaria que atendem desse modo a muitos gostos e, talvez, necessidade. Isso, porque, a compulsão para adquirir algo que encha os olhos, é de uma atração irresistível.
É bem de ver que, atendido o apetite, e satisfeito pela novidade adquirida, completa-se o cenário do visitante com a sessão de teatro. Assim, aproveita-se bem o dia de lazer.
quinta-feira, 9 de março de 2017
Assis Horta: Retratos
De 15 de março a 5 de maio no Espaço Cultural BNDES do Rio de Janeiro apresenta a exposição Assis Horta - Retratos que reúne fotografias dos primeiros trabalhadores a terem seu registro profissional, com a criação da CLT, em 1943. Reprodução do estúdio fotográfico do mineiro que completou 99 anos em 28 de fevereiro, convidará o público a fazer selfies. São mais de 200 fotografias em preto e branco em diversos formatos, do fotógrafo mineiro Assis Alves Horta, que se tornou uma referência ao registrar os primeiros retratos de operários legalmente registrados no Brasil, pela recém-criada carteira de trabalho, em 1943. Assis Horta tem 99 anos e possui um acervo que contempla também cenas do patrimônio histórico nacional. A curadoria é do pesquisador Guilherme Rebello Horta, que revelou a raridade e importância deste acervo fotográfico em uma série de exposições já apresentadas em Ouro Preto, Diamantina, Tiradentes e Belo Horizonte, e em Brasília. A exposição, que chega agora ao Rio de Janeiro, é o desdobramento do projeto vencedor do XII Prêmio Marc Ferrez de Fotografia da FUNARTE – “Assis Horta: A Democratização do Retrato Fotográfico através da CLT”. Guilherme Horta, que apesar do sobrenome, não é parente de Assis Horta, conta que a partir de 1° de maio de 1943, com a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), milhares de trabalhadores precisaram tirar seus retratos para a carteira profissional – talvez em seu primeiro contato com uma câmera fotográfica. “A fotografia, que até então se destinava a retratar a sociedade burguesa, começou a ser descoberta pela classe operária. O retrato entrou na vida do trabalhador: realizou sonhos, dignificou, atenuou a saudade, eternizou esse ser humano, mostrou sua face”, destaca o curador. Assis Horta manteve estúdio fotográfico em Diamantina entre as décadas de 1940 e 1970, registrando em chapas de vidro praticamente toda a sociedade diamantinense da época. Seu acervo fotográfico de retratos da classe operária brasileira representa um corte nessa nova possibilidade da fotografia no Brasil e é o objeto dessa exposição, que decifra a gênese do trabalhador brasileiro legalmente registrado. A mostra terá uma parte interativa: uma reprodução do antigo estúdio fotográfico “Foto Assis” permitirá ao visitante interagir com a exposição, fazendo suas próprias imagens (ou selfies) nos mesmos moldes das antigas, revivendo todo o cenário e o clima das fotografias de Assis Horta. Ao lado, vitrines com materiais do estúdio original: filmes, câmera e materiais de laboratório vão mostrar o processo de trabalho de Assis Horta. Por fim, haverá uma fotografia em grande formato, mostrando em 360 graus a cidade mineira de Diamantina, onde ficava o estúdio do fotógrafo.
Exposição “Assis Horta – Retratos”
Espaço Cultural BNDES
Visitação: 15 de março a 05 de maio de 2017
Avenida Chile, 100, Centro, Rio de Janeiro
Segunda a sexta, das 10h às 19h [exceto feriados]
quarta-feira, 8 de março de 2017
Empadão de frango
Ingredientes
Massa:
- 4 xícaras de farinha de trigo sem fermento
- 3 gemas de ovo
- 3 tabletes de margarina (em um pacote use 3/4 – 300 g)
- 1 colher de fermento em pó
- 1 colherinha de sal
Recheio:
- 1 peito de frango temperado, cozido e desfiado
- Salsa picada a gosto
- 100 g de catupiry
- 1 caixinha de creme de leite
Modo de preparo
- Misture os ingredientes secos em um recipiente fundo
- Misture o restante dos ingrediente e reserve tampando com uma toalha de mesa por uns 15 a 20 minutos
Recheio:
- Em uma tigela, misture o frango a salsa, o catupiry, o creme de leite
- Em uma forma retangular de alumínio com o fundo falso, forre o fundo e as laterais com a mão mesmo
- O que sobrar será feito a tampa da torta
- Depois do recheio pronto e colocado na onde foi forrado abra a massa da seguinte forma abra um saquinho transparente de supermercado, aqueles que usamos pra colocar as verduras, frutas
- Coloque a massa em cima e em cima da massa outro saquinho transparente
- Abra com um rolo de abrir massa
- Esse processo tem que ser assim porque a massa é chamada de massa podre, tipo de empada
- Se abrir de outra forma ela quebra todinha
- Com a massa aberta tire o saquinho de cima e tampe a torta
- Retire o excesso que sobrar nas laterais
- Com a sobra pode enfeitar em cima
- Coloque no forno pré-aquecido por uns 20 minutos
- Passe gema de ovo em cima da torta para dar uma aparência brilhosa quase no fim da espera do tempo estimado
ENTRE NÓS – A figura humana
Jacopo Tintoretto, Ecce Homo ou Pilatos
apresenta
Cristo à multidão, 1546-47
De 8 de fevereiro a 10 de abril no CCBB do Rio de Janeiro apresenta a exposição Entre Nós - A figura humana no acervo do
MASP, o maior da América Latina.
Ao longo da
História da Arte, a representação da figura humana foi um meio de demonstração
de poder do Clero e da aristocracia, da adoração de deuses e santos, da
mimetização do real, da transformação da sociedade e da própria arte nos
séculos 19 e 20. A mostra reune mais de 100 obras do maior acervo de arte da América Latina. A exposição tem curadoria
de Rodrigo Moura e Luciano Migliaccio, da equipe de curadores do MASP, e traz
obras dos maiores nomes da arte mundial – Rafael, Francisco de Goya, Amadeo
Modigliani, Vicent Van Gogh, Pablo Picasso, Edgard Degas – e da arte
brasileira: José de Almeida Júnior, Anita Malfatti, Cândido Portinari, Lasar
Segall e Victor Brecheret, entre outros tantos.
Abrangendo um arco
histórico que se inicia entre os anos 900-1200 D.C., com as peças
pré-colombianas, e vai até os dias de hoje, estabelecendo um recorte
cronológico e um diálogo entre as distintas formas de representação e culturas,
a exposição abre com peças do acervo que reúnem as mimetizações do sagrado na
arte da Europa Medieval, da África e da América pré-colombiana, compondo um
diálogo entre os diferentes eixos da coleção do MASP.
O pintor e gravador
espanhol Francisco Goya y Lucientes está presente com Retrato da condessa de
Casa Flores (1790-1797) em diálogo com A educação faz tudo (1775-1780),
do francês Jean-Honoré Fragonard. As obras, em composição com dois dos
principais nomes da pintura acadêmica brasileira do século 19 – Interior com
menina que lê (1876-1886), de Henrique Bernardelli, e O pintor Belmiro
de Almeida (século 19), de José Ferraz de Almeida Junior – evocam o
surgimento do Iluminismo europeu e a busca por um ideal civilizatório
brasileiro durante o Segundo Reinado.
A partir dos séculos
19 e 20, a mimetização do humano é o meio pelo qual se trabalham a
sensibilidade da cor e da forma, explorando a experiência plástica, como na Rosa
e azul - As meninas Cahen d´Anvers (1881), de Pierre-Auguste-Renoir, e O
negro cipião (1866-1868), de Paul Cézanne, obra que sintetiza os aspectos
da pintura moderna. Nus (1919), da pintora francesa Suzanne Valadon, tem como referência
a concepção da cor puramente decorativa do pós-impressionismo e de Matisse para
expressar o desejo de liberdade e comunhão com a natureza como ideal feminino. Pablo Picasso, Busto de
homem (O atleta), 1909, questiona de maneira provocadora os gêneros e
limites da tradição pictórica com a figura de um lutador – provavelmente
publicada em jornal. Com o formato de um busto, típico da tradição heroica
comemorativa, o caráter do personagem em questão é definido a partir de volumes
e texturas, como nas culturas grega e africana, que serviram de influência para todos os movimentos artísticos do
início do século 20. Desta época, a mostra traz,
ainda, obras emblemáticas de Vincent Van Gogh, A arlesiana (1890); Paul
Gauguin, Pobre pescador (1896); Pierre Bonnard, Nu feminino
(1930-1933); Amadeo Modigliani, Retrato de Leopold Zborowski (1916-1919),
e uma série de esculturas de Edgar Degas que mostram a evolução dos
movimentos de uma bailarina - Bailarina que calça sapatilha direita
(1919-1932), Bailarina descansando com as mãos nos quadris e a perna direita
para a frente (1919-1932) e o feminino, como em Mulher grávida
(1919-1932) e Mulher saindo da banheira (fragmento), 1919-1932. Nas obras de Carlos Prado, Varredores
de rua (Os garis), 1935, Roberto Burle Marx, Fuzileiro naval (1938)
e Vendedora de flores (1947), obra doada ao museu durante a
SP-Arte/2015, estão narradas à realidade do povo diante das injustiças do país,
assim como Candido Portinari, com São Francisco (1941) e Maria
Auxiliadora da Silva, com Capoeira (1970), que narram traços da cultura
popular brasileira. Nomes referenciais do
movimento trazem retratos de figuras importantes do mesmo. É o caso do Retrato
de Tarsila, de Anita Malfatti, e o Retrato de Assis Chateaubriand,
criador do MASP, por Flávio de Carvalho. As marcas dos intensos
conflitos sociais e políticos do início do século 20 estão nas obras do pintor
e muralista mexicano Diego Rivera, O carregador (Las Ilusiones), 1944, e
Guerra (1942), de Lasar Segall, imigrante judeu da Lituânia que se muda
para o Brasil no início do século 20. Como é o caso também do pintor
ítalo-alemão Ernesto de Fiori, que deixa a Alemanha fugindo da repressão
nazista e se torna um nome influente do modernismo brasileiro dos anos 1930 e
1940. Do artista, a mostra apresenta a obra Duas amigas (1943). Um dos artistas mais
importantes do modernismo brasileiro, o escultor de origem italiana Victor
Brecheret, criador do Monumento às Bandeiras, marco das celebrações do
quarto centenário da cidade de São Paulo, está representado por seu Autorretrato
(1940). Artistas contemporâneas
também integram a mostra, reforçando o caráter do museu em estar aberto a novas
mídias, suportes e linguagens da arte. Uma sala apresenta o vídeo Nada É
(2014), do artista Yuri Firmeza. Pertencente à série Ruínas, o vídeo
mostra diferentes momentos da história da cidade de Alcântara, no Maranhão, e a
documentação da Festa do Divino. Trabalho (2013-16), de Thiago Honório,
é uma instalação que se apropria de ferramentas recebidas como presente de
operários durante a reforma de um espaço no qual o artista participava de uma
residência artística, transformando-as em esculturas que metaforizam o corpo
dos trabalhadores.
MASP - A figura
humana através dos tempos – África, Américas e Europa
Local: Centro Cultural do Banco do Brasil
Local: Centro Cultural do Banco do Brasil
Período expositivo: de 8 de
fevereiro a 10 de abril
Endereço: Rua Primeiro de
Março, 66
O Carregador (Las Ilusiones), 1944 - Diego Rivera
Retrato do cardeal Cristoforo Madruzzo,
1552 - Ticiano
quinta-feira, 2 de março de 2017
Orquídeas, Orquídeas ...
Um passeio obrigatório em Teresópolis é visitar no bairro Quebra Frascos, o orquidário Arabotânica (antigo Espaço Aranda) e desfrutar da beleza do local. Com mais de 36.000 mudas de orquídeas (500 espécies) de diversos tipos: raras e híbridas com uma gama de cores desde o branco, amarelo até os lilases e roxos. São quatro estufas localizadas em meio a uma densa vegetação - pinheiros, araucárias e cedros - distribuídos em 8.000 metros quadrados. Uma das estufas funciona como laboratório de experiências de cruzamentos de espécies raras que são cadastradas me Londres. O Arabotânica é considerado o maio orquidário comercial do país. É maravilhoso apreciar tudo isso comendo um brownie e tomando um café!
Fica localizado na Estrada Francisco Smolka s/n. - Quebra Frascos - Teresópolis - RJ
Fotos: Claudio Gomes
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